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ARTES VERBAIS AMERÍNDIAS: QUESTÕES TEÓRICAS E ESTUDOS DE CASO

Organização: Brigitte Thiérion (Université Sorbonne Nouvelle) e Rita Olivieri-Godet (Université Rennes 2).

Resumo:

O indígena Maia Emílio Escalante (2015), organizou recentemente uma coletânea sobre a teorização acerca de literaturas indígenas contemporâneas nas Américas, afirmando que não há dúvida de que o ressurgimento e a visibilização de literaturas de autoria indígena – muitas vezes publicada em edições bi- ou multilíngues – representa hoje um dos mais novos fenômenos culturais na região latino-americana, incluindo textos afiliados a gêneros como romance, poesia, testimonio, ensaio e teatro (2015, p. 2).

Nesta afirmação, já aparece a questão do reconhecimento, através dos gêneros literários. Como se sabe, os dois grandes sistemas de classificação por gêneros literários têm uma história bem conhecida no Ocidente, mas muitos pesquisadores de literaturas asiáticas e africanas têm apontado que esta divisão em gêneros ignora uma série de tipos de texto que não encontram lugar nos sistemas ocidentais de classificação. Assim, de certa maneira, a observação de Escalante implica que:

1) existe uma comunalidade transcultural que permite tanto a produtores quanto a receptores de textos ameríndios reconhecerem, na tipologia ocidental, alguns destes textos como romance, poesia, testimonio, ensaio e teatro;

2) provavelmente há textos “irreconhecíveis”, porque não correspondem a nenhum item da tipologia textual construída para classificar textos no Ocidente. Neste atelier, vamos incluir questões teóricas que tratam do quadro de referências nos estudos sobre as artes verbais ameríndias e estudos de caso específicos.

Referência:


ESCALANTE, Emílio del Valle (org.) Teorizando las literaturas indígenas contemporâneas. Raleigh, NC: Editorial A Contracorriente, 2015.

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